Projetos de Pesquisa

Linha: Metalogênese

1) METALOGÊNESE E TECTÔNICA GLOBAL

Este projeto, com participação de diversos pesquisadores, inclui estudos relativos à evolução crustal de províncias tectônicas e metalogenéticas, zonamentos tectônicos e metalogenéticos, épocas metalogenéticas, sistemas hidrotermais, identificação de processos formadores, proveniência sedimentar e de modelagem genética de depósitos minerais.

2) EVOLUÇÃO DE FLUIDOS, METALOGÊNESE E MIGRAÇÃO DE HIDROCARBONETOS EM BACIAS SEDIMENTARES

O projeto, com participação de diversos pesquisadores, visa à caracterização da natureza, origem e evolução de fluidos diagenéticos e hidrotermais em bacias sedimentares, além de mecanismos de circulação de fluidos e suas implicações na migração de hidrocarbonetos e na formação de depósitos minerais em sucessões sedimentares, notadamente de Zn-Pb (MVT, SEDEX e não-sulfetados), cobre hospedado em sequências (meta)-sedimentares, fosforitos, formações ferríferas e evaporitos.

3) METALOGÊNESE E PETROGÊNESE DE SISTEMAS VULCANO-PLUTÔNICOS NO CRATÓN AMAZÔNICO

Este projeto, coordenado pelo Prof. Caetano Juliani, visa à caracterização e delimitação regional dos arcos magmáticos paleoproterozoicos formados entre ca. 2,0 e 1,78 Ga na parte sul do Cráton Amazônico, que apresentam grande importância por serem potencialmente hospedeiros de mineralizações de grande porte epitermais (“high-, intermediate- e low-sulfidation”) de Au-Ag e do tipo pórfiro de Cu-Mo e Cu-Au, semelhantes às de importantes províncias metalogenéticas meso-cenozoicas produtoras destes “commodities” ao redor do mundo. O projeto visa ainda ao estudo do magmatismo do tipo I reduzido, ou até mesmo anorogênico, que mostra alterações hidrotermais indicativas de potencialidade para ocorrência de pórfiros alcalinos de Au-Cu, de depósitos de Au do tipo “Reduced Intrusion Related Gold System”, com como de mineralizações de Sn, W, Au, REE, Be e Li nas unidades anorogênicas.

4) EVOLUCÃO METALOGENÉTICA DOS DEPÓSITOS DE ÓXIDO DE FERRO-COBRE-OURO (IOCG) DA PROVÍNCIA CARAJÁS

Esse projeto, coordenado pela Profa. Lena Virgínia Soares Monteiro, visa à identificação dos fatores críticos para a formação de depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro e critérios diagnósticos para a identificação dos depósitos de classe mundial, tanto arqueanos como paleoproterozoicos. Objetiva também a reconstituição dos sistemas minerais que levavam à formação dos depósitos de óxido de ferro-cobre-ouro da Província Carajás em inúmeras escalas temporais e espaciais, a partir da identificação das suas relações com a evolução crustal da província, incluindo seus eventos magmáticos, metamórficos e tectônicos.

5) MINERALIZAÇÕES MAGMÁTICAS-HIDROTERMAIS METAMORFISADAS EM ORÓGENOS PROTEROZOICOS

Os estudos no âmbito desse projeto visam a identificação de sistemas hidrotermais antigos e metamorfisados e o estabelecimento de critérios mineralógicos, petrográficos, geoquímicos, isotópicos e de química mineral indicativos de alterações magmáticas-hidrotermais e VMS metamorfisadas.


Linha: Geotecnologias

1) ESTATÍSTICA APLICADA ÀS GEOCIÊNCIAS:

O projeto “Estatística aplicada às Geociências”, coordenado pelo Prof. Marcelo Monteiro da Rocha, abrange estudos metodológicos de aplicação de estatística espacial na avaliação de recursos de depósitos minerais e também na modelagem de dados de geotecnia. Estes estudos incluem técnicas de otimização de “infill” de sondagens/amostragem; análise de incertezas para classificação de recursos minerais; simulação baseada em objetos e modelagem tridimensional implícita. Além destes estudos, há pesquisa em geoestatística espaço–temporal que visa prever fenômenos espaciais futuros baseado no estudo de séries temporais e comportamentos cujas variações no espaço e no tempo sejam dependentes e correlacionáveis.

2) ANÁLISE ESPACIAL E ESPECTRAL APLICADA ÀS GEOCIÊNCIAS:

O projeto, coordenado pelo professor Carlos Henrique Grohmann, compreende a aplicação de técnicas de análise espacial (Geoprocessamento, Sensoriamento Remoto, Modelagem Digital de Terreno) e espectral (Espectrorradiometria) no estudo de questões relevantes às Geociências, como análise estrutural de maciços rochosos, estabilidade de taludes, evolução de formas de relevo, neotectônica e estudo tectônico de bacias sedimentares, caracterização de depósitos minerais e pesquisa mineral, além do suporte à espacialização de dados ambientais. Abrange o uso de tecnologias voltadas para a coleta e tratamento de informações espaciais, integração de dados temáticos (geológicos, geofísicos, imagens de satélite, ente outros) e o seu armazenamento e organização em Sistema de Informações Geográficas (SIG) e inclui a Modelagem Digital de Terreno, que permite a extração de informações de interesse geológico/geomorfológico a partir de superfícies tridimensionais geradas por métodos como LiDAR terrestre e “Structure from Motion”.

3) GEOFÍSICA APLICADA

As pesquisas relativas à Geofísica Aplicada, lideradas pelos professores Luigi Jovane e Vinicius Hector Abud Louro, enfatizam as aplicações dos diversos métodos geofísicos, tais como eletrorresistividade, polarização induzida, métodos eletromagnéticos, métodos potenciais, gamaespectrometria, sísmica de refração e de reflexão, além de outras novas técnicas, para o mapeamento geológico, a exploração mineral e de hidrocarbonetos, os estudos paleoclimáticos, paleocenográficos e ambientais e à engenharia civil.

4) GEOBOTÂNICA POR SENSORIAMENTO REMOTO

Este projeto, coordenado pelo Prof. Teodoro Isnard Ribeiro de Almeida, visa à caracterização da diversidade do comportamento espectral associado à diversidade florística e fisiológica a partir da aplicação da geobotânica por sensoriamento remoto e à identificação da diversidade fenológica, com base no estudo da evolução multitemporal das coberturas vegetais a partir da geobotânica com imagens do sensor MODIS.


Linha: Hidrogeologia

1) HIDROGEOLOGIA E GESTÃO DE AQUÍFEROS

Neste projeto, sob responsabilidade do Prof. Ricardo Hirata, estão reunidos trabalhos de pesquisa básica e aplicada em hidrogeologia e hidrologia, em escala regional, local e ultra-detalhe, com uso de diferentes técnicas (algumas pioneiras e no estado da arte): hidráulicas (testes de bombeamento, “slug test”, provas de bancada, traçadores, obturadores, FlutE, Westbay e medidores de fluxo vertical), geoquímicas (análises de água e coleta simples e avançadas), isotópicas (isótopos estáveis e radiogênicos), de computação eletrônica (modelação numérica das zonas saturada e não saturada), de campo (mapeamento/cartografia hidrogeológica, cadastro de poços, entrevistas) e de avaliação de políticas e de instituições (entrevistas, avaliação de documentos, questionários, consultas públicas ou em grupo selecionado). Parte inovativa importante deste projeto são os trabalhos de gestão dos recursos hídricos, que incorporam a linha de comunicação social em hidrogeologia e recursos hídricos e valoração do recurso hídrico subterrâneo e seus serviços. Esses trabalhos objetivam o conhecimento avançado do funcionamento de aquíferos e o desenvolvimento de técnicas avançadas direcionadas à solução de problemas de abastecimento de água, gestão dos recursos hídricos, segurança hídrica, contaminação dos recursos hídricos, bem como políticas públicas e comunicação social.

2) SIMULAÇÃO GEOESTATÍSTICA E MODELAGEM NUMÉRICA ESTOCÁSTICA DE AQUÍFEROS

Esse projeto, sob a coordenação da Profa. Alexandra V. Suhogusoff engloba trabalhos relacionados à aplicação de técnicas de simulação geoestatística e de modelagem numérica do fluxo de águas subterrâneas e de transporte de contaminantes com abordagem preferencialmente estocástica em aquíferos de porosidade intergranular e/ou de fraturas. Esses métodos têm como objetivo último o estabelecimento de modelos de gestão baseados em análises de decisão, visando o planejamento otimizado do uso dos recursos hídricos subterrâneos.

3) GEOTECNIA

O projeto desenvolvido sob coordenação do Prof. Fernando Antônio Medeiros Marinho e do Prof. Edilson Pizzato, abrange os estudos na interface entre as áreas de Geologia de Engenharia e Hidrogeologia, incluindo os estudos relacionados à estabilidade de taludes em solos e rochas, comportamento de solos naturais, de aterros compactados, de minérios e resíduos de mineração e de solos não saturados, fluxo em meios porosos, efeito do clima em obras geotécnicas, caracterização de maciços e cartografia geotécnica.


Linha: Geoquímica ambiental

1) CONTAMINAÇÃO INDUSTRIAL EM AQUÍFEROS E SUA GESTÃO AMBIENTAL

Este Projeto, coordenado pelo Prof. Dr. Reginaldo Antonio Bertolo, foca a pesquisa de temas relacionados com a contaminação de origem industrial em aquíferos e na gestão de áreas contaminadas complexas, tais como: (1) a hidrogeologia de aquíferos fraturados; (2) o comportamento físico e químico e a atenuação natural de contaminantes orgânicos; (3) o gerenciamento de áreas contaminadas em áreas urbanas a partir de fontes multipontuais de contaminação, especialmente por compostos organoclorados; (4) a utilização de técnicas geoforenses para identificação de origem de contaminação; e (5) a experimentação e comparação de técnicas tradicionais e avançadas para a investigação de áreas contaminadas em aquíferos fraturados. Objetiva a produção de conhecimento técnico e científico que auxilie os órgãos de meio ambiente e de recursos hídricos nas tomadas de decisões a respeito de áreas contaminadas.

2) RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR MINERAÇÃO

O projeto visa à recuperação de áreas degradadas de mineração associando técnicas de bioengenharia de solos com geração de novas tecnologias de remediação. Projeto desenvolvido encontra interesse tanto na Companhia Vale do Rio Doce, como em área ainda não minerada da empresa Votorantim e está sendo desenvolvido em parte no Instituto de Geociências da USP e parte no LAREX-EMBRAPI da escola Politécnica da USP em projeto que se denomina de “Mineração Urbana”. Esse foca o reaproveitamento de elementos metálicos de interesse associados a Drenagens Ácidas de Mina (DAM). Nele inserem-se estudantes de pós-graduação orientados por pesquisadores que estabelecem diretrizes de investigação na recuperação de áreas degradadas de mineração associando técnicas de bioengenharia de solos. Nesse cenário, a investigação de valoração de serviços ecossistêmicos será avaliada e incorporada a bolsas de mestrado e doutorado subsidiados por diversos órgãos de fomentos sendo alguns já com apoio CAPES, CNPq e visa-se também bolsas FAPESP.