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Após a construção do reservatório de Belo Monte, emissão de gases de efeito estufa triplicou no local

A construção da hidrelétrica de Belo Monte em Altamira (PA) triplicou as emissões de gases de efeito estufa no local em que hoje se encontra o reservatório da usina. Essa é a conclusão de um estudo publicado na revista Science Advances por um grupo internacional de pesquisadores.

Foram medidas as emissões em diferentes pontos da usina antes, durante e depois de sua construção. O estudo levou cerca de dez anos para ser concluído.

“A justificativa para a construção de Belo Monte partia da premissa de que usinas hidrelétricas geram energia com baixas emissões e a um custo menor do que outras fontes renováveis. Hoje esse argumento está caindo por terra, como mostramos em nosso estudo”, diz Dailson Bertassoli Jr., pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP) e coautor do estudo.

Ele explica que na região amazônica há hidrelétricas que emitem mais do que outras. A usina de Balbina (AM), por exemplo, inaugurada na década de 1980, tem emissão superior à de termelétricas que produzem quantidade semelhante de energia. “No caso de Belo Monte, a maior hidrelétrica amazônica, a emissão equivalente fica entre 15 e 55 quilos de CO2 [dióxido de carbono] por megawatt-hora produzido [há uma variação entre estações do ano]. Isso é uma fração do que seria emitido por termelétricas, mas, mesmo assim, não é nada que deva ser desprezado”, afirma.

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