Atividade realizada no Instituto de Geociências da USP alia rigor científico, tecnologia e compromisso social; projeto busca desenvolver réplicas táteis para pessoas com deficiência visual
Publicado: 06/06/2025 às 17:35 – Jornal da USP – Fonte: http://bit.ly/4kRNAHK
Texto: Diogo Silva

Restos ou vestígios de seres vivos preservados em rochas, como ossos, dentes, pegadas ou impressões, que viveram há milhares ou milhões de anos, os fósseis ajudam a entender a história da vida na Terra, os processos evolutivos e as transformações ambientais ao longo do tempo. Num ambiente educativo, ter contato com esses registros do passado torna a educação científica mais atrativa, concreta e significativa, e, por isso, o trabalho realizado pela Oficina de Réplicas do Museu do Instituto de Geociências (IGc) da USP é fundamental para aproximar o público do conhecimento paleontológico de forma acessível, lúdica e interativa.
“As réplicas são amplamente utilizadas em atividades promovidas em escolas e museus, e também compõem parte dos exemplares exibidos no Museu de Geociências da USP”, explica Paulo Eduardo de Oliveira, professor do IGc e coordenador da oficina que produz réplicas realísticas de fósseis de animais e plantas pré-históricos. Ele cita como exemplo uma atividade de extensão universitária que o instituto vai realizar neste mês de junho, em parceria com o Museu Catavento, no centro de São Paulo, quando o público poderá interagir com réplicas fósseis e tirar dúvidas com alunos de graduação e pós-graduação.
Inclusão tátil
Coordenada pelo professor Douglas Galante, do IGc, a estudante Giovana Soares Gama está desenvolvendo o projeto de iniciação científica Inclusão tátil na paleobotânica: inovação em Ensino Acessível. Com apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) da USP, o projeto visa desenvolver réplicas táteis destinadas a pessoas com deficiência visual.Iniciado no final de 2024, o projeto utiliza equipamentos do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da USP para escanear amostras da coleção do IGc e projetar os primeiros protótipos. Os fósseis são modelados em 3D e manipulados digitalmente para que certas texturas e estruturas sejam realçadas, facilitando a percepção do formato e função dos fósseis por pessoas com deficiência visual. “Para nos orientar sobre como devemos fazer essa evidenciação, estamos firmando uma colaboração com o Lar das Moças Cegas, uma instituição que tem vasta experiência na educação de pessoas com deficiência visual”, explica Galante.
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