Press Release
A reabertura do Museu de Geociências da Universidade de São Paulo, após 17 meses, traz nova infraestrutura e linguagem para as exposições, com o objetivo de promover um diálogo mais próximo com o público não acadêmico. Gratuitas, as visitas proporcionam uma viagem de conhecimento pelas Ciências da Terra. O Museu de Geociências está localizado no primeiro andar do Instituto de Geociências (IGc), na Cidade Universitária, em São Paulo
A partir de 27 de maio há um motivo a mais para ir à Cidade Universitária, em São Paulo (SP). Nesta data será reinaugurado o Museu de Geociências do Instituto de Geociências (IGc), que estava fechado para reformas desde setembro de 2023. Além de ter suas instalações reformadas com vistas à preservação de sua infraestrutura e acervo, o Museu fortaleceu seu enfoque voltado a levar o conhecimento sobre as Ciências da Terra não só para o público acadêmico, mas para a população em geral.
“A reforma modificou toda a linguagem expográfica do Museu, criando uma narrativa expositiva, que se inicia com a origem do Universo e termina com a atividade humana no planeta”, informa Miriam Della Posta de Azevedo, chefe técnica da instituição. Dessa forma, traz um tema importante para a reflexão dos visitantes, o Antropoceno, que trata da influência do ser humano na dinâmica terrestre. Nesse contexto estão, entre outros aspectos, a responsabilidade do ser humano em relação às mudanças climáticas.
Hoje a instituição conta para os visitantes a história da Terra e como é o planeta por dentro. “O visitante conhece aquilo que não pode ver, mas que faz parte de seu dia a dia”, explica Miriam, referindo-se, por exemplo, aos primeiros elementos químicos formados no planeta e onde hoje eles estão presentes; como são formadas as rochas e muitos outros conhecimentos interessantes. O Museu de Geociências – IGc/USP fica em uma área de 450 metros, no primeiro andar do prédio do Instituto de Geociências da USP e as visitas são gratuitas.
O 5º maior meteorito encontrado no Brasil – Entre os destaques do acervo estão uma réplica em tamanho natural (14 metros) do dinossauro Allosaurus fragilis e o meteorito Itapuranga, de 624 kg, o 5º maior já encontrado no Brasil. Além disso, fósseis antigos e raros, como os mesossauros, pequenos répteis com cerca de 70 centímetros, mas com uma importância imensa para a ciência, porque foram utilizados para descrever a teoria da Deriva Continental, que revela que os continentes hoje separados por oceanos já estiveram unidos em um único bloco.
Os raros diamantes coloridos – Também serão expostos pela primeira vez na história do Museu uma coleção composta por diamantes coloridos. “É comum encontrarmos diamantes incolores, que são os mais conhecidos das pessoas, e os escuros, que vão para a indústria. Mas os diamantes coloridos são muito raros”, explica Miriam, que informa que a coleção fez parte do acervo de um colecionador particular, que foi comprado pelo Estado em 1954. Posteriormente, os diamantes foram doados para o Museu.
Exposição explica como os diamantes se formam – Na semana seguinte à reabertura do Museu, será realizada uma exposição de curta duração – Kimberlitos e a origem dos diamantes, organizada pelo Prof. Dr. Rogério Guitarrari Azzone, do IGc-USP. Miriam explica que os kimberlitos são as rochas matrizes dos diamantes. Assim, quem visitar a exposição poderá entender, por exemplo, como os diamantes se formam, onde são encontrados e como chegam à superfície. Essa exposição fica no Museu até o final do ano.
Também para a comunidade interna – Antes da abertura do Museu para o público, em 27 de maio, haverá um evento reservado à comunidade interna da USP, no dia anterior. Miriam destaca que o Museu continuará a atender as necessidades específicas de professores e alunos da USP no suporte às aulas. “Para atender ao interesse do público não acadêmico, reorganizamos o acervo e diminuímos a quantidade de minerais expostos para dar lugar a outras peças. No entanto, sabemos o quanto esse minerais são importantes para os acadêmicos. Assim, eles foram organizados em gaveteiros expositores, que são utilizados especificamente pelos professores em suas aulas práticas”, diz.
Como tudo começou – A criação do Museu de Geociências – IGc/USP tem sua origem no Museu de Mineralogia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP, e a criação do curso de Ciências Naturais, com a disciplina de Geologia e Mineralogia, na década de 1930. A disciplina foi posteriormente transformada no curso de Geologia da USP, em 1957. Não há registro da data formal da fundação do Museu, mas seu acervo começou a ser formado com o objetivo de dar suporte às aulas práticas de Geologia. Assim, inicialmente, o acesso era restrito a professores e alunos da universidade. Com o tempo, o museu foi se estruturando, assim como o acervo foi ampliado, classificado e organizado. As visitas, desta forma, foram abertas ao público de fora da Universidade. Toda essa evolução foi protagonizada por professores, alunos e funcionários que participaram das diversas fases da história do Museu de Geociências.
Museu de Geociências – IGc/USP
Rua do Lago, 562, 1º andar, Cidade Universitária, Butantã, São Paulo (SP)
Reabertura a partir de 27 de maio de 2025
O Museu é um espaço público, portanto as visitas são gratuitas. No entanto, a instituição aceita doações.
Visitas de escolas devem ser previamente agendadas.
Contatos: 11 3091 3952 ou mugeo@usp.br
Funcionamento do museu
Segunda-feira à sexta-feira, das 9h às 18h.
Sobre o IGc/USP
O Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo tem a proposta de proporcionar a formação profissional de Graduação e Pós-graduação do mais alto nível em Geociências, tornar a profissão de geólogo mais conhecida, apoiar pesquisas em Geociências que possibilitem o progresso científico e tecnológico do país, em sintonia com o desenvolvimento sustentável e divulgar as Geociências e sua importância para a vida e meio físico que a sustenta, via instrumentos da cultura e extensão universitária. O IGc é dotado de infraestrutura analítica das mais respeitáveis, com equipamentos de última geração, que fazem dele um núcleo de pesquisa de excelência em alguns campos do conhecimento científico. Seu corpo docente é altamente qualificado, com a totalidade dos seus membros sendo portadora do título mínimo de doutor. Como resultado, a unidade se distingue por uma atuação marcante que a coloca como um dos centros mais produtivos na Geologia brasileira.
Informações à Imprensa:
SENSU Consultoria de Comunicação
Moura Leite Netto (55) 11 99733-5588
moura@sensucomunicacao.com.br
Discurso de Reinauguração proferido pela Diretora do Instituto de Geociências da USP, Profa. Dra. Marly Babinski:
Boa tarde a todas e todos,
Gostaria de cumprimentar e agradecer a presença do nosso magnífico reitor, Prof. Carlotti;
A Profa. Christine Bourotte, presidente do Conselho do Museu de Geociências;
A Sra. Miriam Della Posta Azevedo, chefe técnica do nosso museu;
Pró-reitores adjuntos,
Meus colegas dirigentes, docentes, servidores, alunos e amigos.
Também quero cumprimentar os que estão nos assistindo remotamente.
É com grande alegria que os recebemos aqui hoje para comemorar a reinauguração do Nosso Museu de Geociências, depois de ter passado por uma total reestruturação que durou cerca de 20 meses e só que foi possível por conta de um edital de modernização de museus do CNPq submetido pela Profa. Maria da Glória Motta Garcia e pela dedicação incansável do grupo de professores que constitui o Conselho do Museu, presidido pela Profa. Christine, e sem dúvida, pelo trabalho árduo e contínuo da Miriam e seu grupo de servidores e bolsistas.
Não temos a data exata de quando nosso museu foi fundado, mas assumimos que tenha sido em 1935 com a criação do curso de Ciências Naturais; então ele teria quase a mesma idade da USP. Tudo começou com o Prof. Ettore Onorato, que foi o primeiro docente a ocupar a cadeira de Mineralogia e Geologia do curso de Ciências Naturais. Depois muitos colecionadores doaram lindas coleções; também recebemos amostras de minerais, de rochas raras e meteoritos de muitos professores, pesquisadores e instituições. Muitas amostras foram coletadas em trabalhos de campo. Algumas amostras foram compradas, como esse lindo geodo que está aqui no pé da nossa escada, e assim o acervo foi crescendo até chegar no seu estado atual. Importante dizer que nosso acervo é um dos melhores do país e possui peças de beleza única. Nossa coleção andou bastante antes de chegar aqui. Ela veio da Glete, foi para os barracões, passou por outras salas deste prédio até que em 1991 teve um local dedicado a ele. A história do nosso museu será apresentada a seguir pela Miriam e pela profa. Christine.
Importante mencionar que antes de fechar, em outubro de 2023, nosso museu chegou a receber mais de 10 mil visitantes por ano, sendo principalmente alunos de escolas de primeiro grau, mas também já tivemos visitantes de vários locais do Brasil e de outros países que vieram apreciar a nossa coleção. Também nosso acervo tem sido e será bem explorado pelos nossos alunos com as atividades de extensão.
Assim, hoje é um dia muito especial porque estaremos disponibilizando um museu totalmente reformado para que todos, nossa comunidade e toda a sociedade, possam desfrutar do seu rico acervo.
Por fim, quero reconhecer o empenho da Miriam e da Profa. Christine, em nome de quem agradeço a todos os demais colegas e servidores que trabalharam muito para a retomada do nosso museu.
Quero agradecer novamente a presença do Magnífico Reitor e de todos presentes. Sejam todos muito bem-vindos à esta reinauguração. É um grande prazer recebê-los no Instituto de Geociências!
Muito obrigada.
Veja como foi a cerimônia de Reinauguração:
Veja as fotos da Reinauguração:








































