Pesquisadora indígena fala sobre a geologia de lugares sagrados para os povos Tukano e Desana; palestra acontece na USP com transmissão ao vivo pelo youtube

Reunindo importância cultural, biológica e geológica, os Sítios Naturais Sagrados (SNSs) têm atraído cada vez mais interesse de pesquisas acadêmicas e de políticas públicas de preservação. As áreas que ostentam os SNSs são identificadas mundialmente como lugares consagrados por povos nativos ao longo da história. Na região amazônica, o Sítio Natural Sagrado da Cachoeira de Iauaretê está relacionado à origem de povos indígenas do Alto Rio Negro e foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial brasileiro em 2006 pelo Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Entre estes povos habitam os Desana (Umükori Mahsã) e Tukano (Yepamahsã).
“Suas narrativas míticas e bahsese [repertório de expressões utilizados por especialistas indígenas] estão repletas de referências geográficas que delineiam rotas de lugares especiais relacionados à origem do mundo e de seus primeiros ancestrais”, descreve Cisnea Menezes Basilio em seu estudo intitulado Geologia dos Lugares Sagrados dos Povos Umükori Mahsã (Desana) e Yepamahsã (Tukano) em São Gabriel da Cachoeira, Amazonas, Brasil. Cisnea é indígena da etnia Desana – seu nome bahsese é Wisú.
Bacharel em Geologia pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e especialista em Auditoria e Perícia Ambiental, a pesquisadora fará uma palestra no Instituto de Geociências (IGc) da USP na próxima quinta-feira (22), às 18 horas, no Salão Nobre do IGc. O evento terá transmissão ao vivo pelo youtube:
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