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SACRE | Cerimônia de Assinatura de Acordo DAEE/SP e IGc/USP

Cerimônia de assinatura do Convênio de Cooperação entre o
Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE)
e o Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP)
e
Mesa Redonda: Monitorando, entendendo e gerenciando:
o caminho da sustentabilidade das águas subterrâneas no Estado de São Paulo

Data: 12 de dezembro de 2023 às 9h00
Local: Salão Nobre do IGc-USP. Rua do Lago 562. Cidade Universitária. São Paulo (SP)

Programa

Sessão de Abertura e boas-vindas
Assinatura do Convênio de Cooperação
Palavras do Diretor do Instituto de Geociências Prof. Caetano Juliani
Palavras da Superintendente do DAEE MSc. Mara Ramos

Mesa Redonda
Monitorando, entendendo e gerenciando: o caminho da sustentabilidade das águas subterrâneas no Estado de São Paulo

Coordenador: Geól. José Eduardo Campos (DAEE)
Palestras: Dr. Emílio Prandi (ex-DAEE) e Prof. Ricardo Hirata (IGc-USP)

Respondendo às necessidades paulistas em recursos hídricos

As águas subterrâneas são o recurso natural mais extraído do subsolo brasileiro, sendo o Estado de São Paulo o seu maior usuário. Mais de 75% de suas cidades são supridas total ou parcialmente pelas águas extraídas de aquíferos, estendendo o serviço público a 35% dos paulistanos. Há mais de meio milhão de poços tubulares privados, que complementam a rede pública, e muitas vezes garantem a segurança hídrica de centenas de cidade como São Paulo, São José do Rio Preto, Bauru e São José dos Campos.

As águas dos aquíferos também têm um papel ecológico fundamental em São Paulo, pois as descargas de aquíferos aos rios asseguram a sua perenidade e mantém os seus serviços e sua biota.

Tal importância obriga o Estado a ser o guardião das águas subterrâneas, através da promoção do bom uso, gerenciamento e correta governança dos recursos hídricos, que somente poderão ser alcançados se houver conhecimento técnico e científico adequado dos aquíferos e suas relações com os outros componentes do ciclo hidrológico.

As águas subterrâneas fluem e o seu entendimento não deve ser limitado aos estudos situacionais, mas sim através do acompanhamento de sua dinâmica ao longo do tempo, sobretudo influenciadas pelas mudanças climáticas globais.

Por essa razão, são fundamentais as redes de monitoramento da piezometria de aquíferos. A interpretação de seus dados ao longo do tempo permite estimar, por exemplo, a recarga dos aquíferos e como os novos normais climáticos afetam a disponibilidade desse recurso. Mas redes longevas e bem mantidas não são suficientes para transformar dados em gestão, a interpretação correta e igualmente sistemática é vital. 

É o que se propõe o Acordo de Cooperação entre o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) e o Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc-USP). O DAEE, órgão gestor dos recursos hídricos paulistas, criou, opera e está expandindo a rede de monitoramento hidráulico dos aquíferos. Esta instituição também é responsável pelos processos de outorgas e da gestão dos recursos hídricos, que enfrenta igualmente grandes desafios. Já o IGc-USP, através do seu Centro de Pesquisas de Água Subterrânea (CEPAS|USP), é um dos mais tradicionais grupos de investigação e desenvolvedor de tecnologias em águas subterrâneas do país; que através dessa experiência pode apoiar e trabalhar conjuntamente com o DAEE na solução desses desafios.

Acompanhando as atividades da assinatura do Acordo de Cooperação, haverá a mesa redonda: Monitorando, entendendo e gerenciando: o caminho da sustentabilidade das águas subterrâneas no Estado de São Paulo, sob coordenação do Geól. José Eduardo Campos (DAEE), com palestras do Dr. Emílio Prandi (ex-DAEE) e Prof. Ricardo Hirata (IGc-USP). 

A iniciativa dessa mesa redonda é fruto do Projeto SACRE|Soluções Integradas de Águas para Cidades Resilientes, que é uma das maiores cooperações de pesquisa e políticas públicas em recursos hídricos, com foco central em hidrogeologia, do Estado de São Paulo. O SACRE é também uma grande rede ao englobar as instituições paulistas de ensino (USP, UNESP, Unicamp, Unifesp), pesquisa (IPA, IPT) e de governo (DAEE, CETESB, SEMIL, DAE-Bauru), consorciadas às universidades japonesa de Hiroshima e canadense de Waterloo, que trabalhando lado a lado buscam alcançar respostas aos problemas de água paulistas.