Laboratório de Petrologia e Geoquímica Experimental

Responsável

Prof. Silvio Roberto Farias Vlach
srvlach@usp.br
11 3091-4092

Descrição

O Laboratório de Petrologia e Geoquímica Experimental ocupa uma área de aproximadamente 40 m^2 no Instituto de Geociências (IGc) da Universidade de São Paulo (USP). O laboratório possui equipamentos capazes de simular de forma controlada as condicões extremas (e.g. altas pressões, altas temperaturas e atmosferas de gases) presentes na superfície e interior da Terra e outros planetas.

Financiamento por parte da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) concedida ao Dr. G. Mallmann (Projeto: Estudos Experimentais de Acresção e Diferenciação Planetária) permitiu a aquisição de uma prensa tipo pistão-cilindro, uma fornalha de tubo vertical equipada com sistema de mistura de gases (CO-CO2-O2-SO2), e outros equipamentos de suporte (e.g. micro-soldador por arco, forno de mufla, balança de precisão, lupa binocular, estufa, torno).

Estudos Experimentais de Acresção e Diferenciação Planetária

Algumas hipóteses de acresção e diferenciação planetária

O termo siderófilo foi introduzido por Victor M. Goldschmidt para descrever os elementos que ocorrem nas fases metálicas de meteoritos e, por inferência, nos núcleos metálicos dos planetas. A propriedade fundamental que define esses elementos, que é a sua preferência por ligar-se a fases metálicas, ao invés de fases silicáticas, oferece uma oportunidade única para estudar processos de acresção e diferenciação planetária. Por exemplo, as abundâncias relativas de elementos siderófilos podem ser usadas para identificar os componentes fundamentais que formaram os planetas rochosos, traçar os processos de diferenciação entre manto e núcleo e as interações químicas entre estes reservatórios, bem como as histórias tardias de acresção de corpos planetários diversos como a Terra, Lua e Marte. Apesar de sua importância, muito pouco sabe-se sobre as propriedades geoquímicas dos elementos siderófilos sob condições de alta pressão e temperatura relevantes para formação planetária. Consequentemente, a interpretação de uma quantidade enorme de dados analíticos adquiridos por geoquímicos durante as últimas décadas continua discutível. Isso acontece, particularmente, no caso dos elementos altamente siderófilos (Ru, Rh, Pd, Os, Ir, Pt, Au e Re). Este projeto tem por objetivo investigar experimentalmente o comportamento geoquímico dos elementos altamente siderófilos, principalmente no que se refere ao efeito das variáveis de estado temperatura, pressão e fugacidade de oxigênio na partiçao destes elementos entre fases metálicas, minerais e líquidos silicáticos.