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Geociências e Arquitetura da USP manifestam preocupação com concessão do Petar

Geociências e Arquitetura da USP manifestam preocupação com concessão do Petar

IGc e FAU pediram mais tempo para discutir o projeto, que vai repassar os serviços de visitação ao parque à iniciativa privada

As congregações de duas unidades da Universidade de São Paulo manifestaram preocupação nesta semana com o projeto de concessão do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar), com críticas à maneira como o processo está sendo conduzido pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente (Sima) do Estado. A congregação do Instituto de Geociências (IGc) pediu “mais tempo de análise e um processo mais amplo de discussão”, enquanto que a da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) solicitou a “suspensão permanente” do processo.

As congregações são o órgão máximo de deliberação das unidades acadêmicas, compostas por um colegiado de professores, alunos e servidos que se reúnem regularmente para debater e decidir sobre temas de interesse das unidades. As manifestações do IGc e da FAU fazem coro com um moção aprovada alguns dias antes por pesquisadores no 36º Congresso Brasileiro de Espeleologia, que também pediu a “suspensão” do processo de concessão. O Petar abriga uma das maiores concentrações de cavernas e de mata atlântica preservada do País, na região do Vale do Ribeira, sul do Estado de São Paulo (clique aqui para ver a localização do parque). A unidade, de 36 mil hectares, é considerada Patrimônio Natural Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Lançado oficialmente em outubro de 2021, o projeto do Estado prevê a concessão dos serviços de visitação pública do parque à iniciativa privada por um período de 30 anos, a exemplo do que vem sendo feito em outras unidades de conservação estaduais e federais. A proposta enfrenta forte resistência das comunidades locais, que há décadas desenvolvem atividades de turismo na região e têm o parque como principal fonte de sustento. Cerca de 40 mil pessoas visitam o Petar anualmente, atraídos por suas cavernas, trilhas e atividades de ecoturismo e educação ambiental. Todas as visitas são conduzidas por guias locais, oficialmente capacitados e cadastrados para trabalhar dentro da unidade. O Petar tem mais de 400 cavernas identificadas, das quais 19 estão autorizadas a receber visitação pública.

Leia a matéria na íntegra: https://jornal.usp.br/atualidades/geociencias-e-arquitetura-da-usp-manifestam-preocupacao-com-concessao-do-petar/?fbclid=IwAR2Bp2gst7iNGqBslZnMe4nI5OwoEXUXa1Vxm8CYuPmfkP2wpOcFzydMBFI