A Província Aurífera de Alta Floresta (PAAF), localizada na região norte do estado de Mato Grosso, porção sul do Cráton Amazônico, nas últimas décadas apresenta importância econômica devido ao seu potencial na produção de ouro. A província é formada por rochas plutônicas, vulcânicas e vulcanossedimentares, de afinidade cálcio-alcalina oxidada (tipo I), e algumas com identidade alcalina (tipo A), ambas derivadas de eventos magmáticos induzidos por subducção durante o Paleoproterozóico. Nesse cenário está inserido o garimpo aurífero estruturalmente controlado do Aguinaldo, localizado dentro do município de Nova Guarita (MT), às margens do Rio Peixoto. O depósito exibe estrutura filionar e é responsável pela maior produtividade aurífera na sua região. Este minério é retirado de um sistema de veios de quartzo ± ankerita ± dolomita mineralizados de orientação NNE-SSW, hospedado em um milonito de gnaisse. Seu modelo descritivo (e.g. composição, assinatura geoquímica e idade de suas hospedeiras, evolução paragenética e idade do minério, geotermobarometria da clorita e mica branca, etc) permanece ainda em desenvolvimento, assim como o modelo genético do garimpo. Ambos necessários para a compreensão da dinâmica e nível crustal da circulação hidrotermal, para isso é fundamental a caracterização dos tipos, composição e condições térmicas dos fluidos mineralizantes. Deste modo, o trabalho tem como objetivo a identificação e a caracterização química dos mais fundamentais tipos de fluidos do garimpo de Au ± Cu do Aguinaldo, através do estudo de inclusões fluidas.