GEOLIT - Grupo de Pesquisa de Geociências da Litosfera

Denis Vicente Cavacic

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Estudante de escola pública no interior de São Paulo, ingressou à Universidade de São Paulo em 2015 no curso de geografia (FFLCH – USP), onde permaneceu por dois anos, desenvolvendo um interesse cada vez maior pela parte de geografia física e teve o seu primeiro contato com pesquisa em 2016: com a Professora Doutora Sueli Angelo Furlan, teve a oportunidade de estudar um pouco do tema “Paisagem e Territorialidades da Serra do Mar e Paranapiacaba”. Transferiu em 2017 para o curso de geologia (IGc – USP) e cursa atualmente o oitavo semestre. Dentro do curso de geologia participou ativamente de grupos estudantis, como a Geo Júnior Consultoria (2018 – 2020) e também foi monitor da disciplina de paleontologia (2018). Atualmente está comprometido com o Programa Unificado de Bolsas (PUB) sob orientação do Professor Doutor Rafael Rodrigues de Assis. 

Petrografia, química mineral das rochas ricas em albita e relacionadas ao minério aurífero do Depósito Pé Quente, Província de Alta Floresta (MT)

Aluno: Denis Vicente Cavacic

Orientador: Prof. Dr. Rafael Rodrigues de Assis

A Província Aurífera de Alta Floresta, porção sul do Cráton Amazônico, é majoritariamente constituída por granitoides, rochas vulcânicas e vulcanossedimentares de afinidade cálcio-alcalina oxidada (tipo I), com granitos alcalinos (tipo A) subordinados, gerados por magmatismo desencadeado por processos de subducção no decorrer do Paleoproterozoico.

Na Província, o evento magmático de 1,78-1,77 Ga, de assinatura cálcio-alcalina, metaluminosa e oxidado (tipo I evoluído), tem sido interpretado como responsável pela metalogênese aurífera da Província, a partir da instalação sistemas magmático-hidrotermais similares aos do tipo pórfiro e epitermal. Entretanto, alguns trabalhos têm sugerido que esses sistemas auríferos sejam equivalentes ao modelo intrusion-related gold system e, portanto, relacionados a granitos alojados em níveis crustais mais profundos. Nesse cenário encontra-se o depósito disseminado de Au±Cu do Pé Quente, um dos principais sistemas auríferos da região, cujo modelo descritivo (e.g. composição, assinatura geoquímica e idade de suas hospedeiras, evolução paragenética e idade do minério, geotermobarometria da clorita e mica branca, etc) encontra-se bastante evoluído. Entretanto, a caracterização petrográfica e química das rochas com elevadas concentrações de albita (albitito ígneo ou intensa alteração sódica pervasiva?), elemento essencial na compreensão não apenas da dinâmica magmática da região, mas também do nível crustal de circulação de fluidos mineralizantes, permanece desconhecida, embora remetam a importantes implicações metalogenéticas. 

Deste modo, esse projeto de pesquisa objetiva discutir os significados petrográfico e petrogenético, e suas consequentes implicações metalogenéticas, das rochas ricas em albita vinculadas ao depósito aurífero do Pé Quente.

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