GEOLIT - Grupo de Pesquisa de Geociências da Litosfera

Andrey Meyer

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Geólogo graduado pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), em 2017.  Participou, entre 2012 e 2014, do projeto de pesquisa intitulado “Mapa Neotectônico do Brasil: caracterização da deformação neotectônica no território brasileiro”, que visava à caracterização e elaboração do mapa Neotectônico do Brasil em base digital e georreferenciada. Realizou intercâmbio na University of Manitoba (Winnipeg, MB, Canadá) entre os anos de 2014 e 2015, pelo programa Ciências sem Fronteiras. Participou do Programa de Aperfeiçoamento de Ensino (PAE), quando atuou como monitor da disciplina “Geologia Geral – Sistema Terra” do curso de graduação em Geologia da Universidade de São Paulo (USP), sob a supervisão do Prof. Dr. Ivo Karmann, durante o segundo semestre de 2019. Atualmente mestrando em geociências pelo Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (IGc – USP/São Paulo), com ênfase na área de Recursos Minerais, sob orientação do Prof. Dr. Rafael Rodrigues de Assis, onde desenvolve estudos de química mineral em sulfetos de dois dos depósitos auríferos da Província Mineral de Alta Floresta.

Elementos maiores e traço em pirita, por LA-ICP-MS, de depósitos auríferos disseminados e filonares da Província Mineral de Alta Floresta (MT), Cráton Amazônico

 

Aluno: Andrey Meyer

Orientador: Prof. Dr. Rafael Rodrigues de Assis

Os avanços nas técnicas micro-analíticas, com recursos na determinação de concentrações de elementos na ordem de algumas dezenas de ppm ou ppb em minerais e inclusões fluidas, têm permitido o uso da assinatura de elementos traço em minerais de minério, ganga e inclusões fluidas no estudo da gênese de depósitos minerais, com implicações prospectivas positivas, especialmente em províncias minerais de comprovado potencial mineral. A utilização de LA-ICP-MS (Laser Ablation Inductively Coupled Plasma Mass Spectrometry) na análise de sulfetos e minerais de ganga tem demonstrado resultados promissores na discriminação de áreas mineralizadas e estéreis na escala de depósitos minerais (Yang et al., 2006; Large et al., 2007; Xavier et al., 2009), assim como na compreensão de processos de precipitação do minério e das condições físico-químicas do fluido mineralizante, pois também permitem a associação entre eventuais zonas de crescimento da pirita com posteriores eventos de precipitação de ouro (Large et al., 2007; Large et al., 2009; Cook et al., 2009; Zhao et al., 2011; Zhang et al., 2013).

Na Província Mineral de Alta Floresta, a pirita corresponde ao principal mineral que hospeda o Au (Assis et al., 2014) e, portanto, intimamente atrelada às zonas mineralizadas de seus depósitos auríferos. A quantificação de elementos traço nas zonas de crescimento da pirita pode auxiliar na compreensão tanto do enriquecimento em Au durante os estágios de precipitação de sulfetos, quanto de mudanças químicas durante o processo de interação fluido-rocha e, portanto, no entendimento da evolução do fluido mineralizante. Assim sendo, esse trabalho terá por temática principal a quantificação de elementos traço (e.g. Ni, Co, Au, Ag, Al, Ti, Mg, Mn, Fe, Sn, W, ETR, etc) em cristais de pirita provenientes das zonas mineralizadas do depósito disseminado do Pé Quente e filonar do Paraíba. Os resultados permitirão comparar as variações elementares na pirita para um mesmo depósito, assim como para depósitos de estilos distintos. No conjunto, esses pontos fornecerão subsídios não apenas para o entendimento dos processos de precipitação de minério em cada depósito (e suas respectivas tipologias), mas também, para a província. Em adição, esses estudos têm consideráveis implicações prospectivas para empresas que pretenderem avançar com estudos de exploração na região e, posteriormente, em seu beneficiamento, visto permitir a compreensão do comportamento do Au no decorrer de sua evolução paragenética.

Figura 1 – Ocorrências de ouro em pirita (variação textural 2) do depósito Pé Quente, em luz refletida. A) Ouro preenchendo fraturas de até 70 μm em cristal de pirita. B) Au preenchendo uma das fraturas presentes em cristal de pirita, próximo às suas bordas e à inclusão de calcopirita. C) Au preenchendo fratura, próximo às inclusões de calcopirita. D) Au preenchendo fraturas (>100 μm), parcialmente cavidades (10 a cerca de 80 μm) e, também, na forma de inclusões subarredondadas à angulares (<50 μm). Au: ouro; Ccp: calcopirita; Hem: hematita; Py: pirita.

Publicações

Resumos

    1. Assis, R.R., Xavier, R.P., Trevisan, V.G., Mesquita, M.J.M., Leite, P.A.F., Meyer, A., 2019. Metalogênese da Província Aurífera de Alta Floresta (MT), Sul do Cráton Amazônico.In: IV Simpósio Brasileiro de Metalogenia, Gramado (RS)..
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